Relow everybody. Vamos falar hoje de
“FANZINE”. Fanzine, vem da aglutinação das palavras “fanatic magazine”.
Trata-se de uma publicação feita por algum fan (em português é fã) que edita
uma publicação sobre uma banda, um
estilo ou coisas que ele , ou eles curtem como poesia, música, vídeo
games,quadrinhos etc.. No Brasil o primeiro fanzine foi O COBRA seguido do
FICÇÃO lá por 1965. Houve uma época que
o cenário fanzine foi dominado pelos punks e anarquistas. No início dos anos 70
tive contato pela primeira vez com este tipo de publicação nas idas e vindas de
Curitiba. Lembro que costumava falar de
gozação “temos que fazer um zézinho”, vamos fazer o zézinho”. Dependendo do
editor, o fanzine tinha até uma boa qualidade gráfica, mas o normal eram
produções baratas . Um dia eu e o Pires conversamos sobre o assunto. Tinhamos
coisas em comum além de sermos anarquistas por natureza, como a leitura de
filosofias orientais, gosto pelo rock, filmes e poraí afora. Mas na época, tudo
era um parto. Falta de equipamentos, papel
e um monte de staf para a produção. Resultado. Fizemos o mais artesanal
possível. Usamos um mimeógrafo. Porra bitcho.
Não sabe o que é um mimeógrafo? Resumindo. É uma espécie de impressora
que usa uma matriz chamada estencil, onde você datilografa um texto sobre a
matriz e depois você instala isso numa máquina, passa tinta e imprime. Não
entendeu né? É claro que não. Vai ver na Wikipédia. Foda era fazer os desenhos.
Era com uma caneta pontiaguda,sem tinta. Mas enfim saiu o primeiro exemplar que
também foi o primeiro fanzine de Jaraguá do Sul, intitulado “O Manga Rosa”. Com
transcrições de textos de Kahlil Gibran e Lobsang Rampa,algumas charges e pau
no sistema de ensino, na ditadura, nos caretas, nos retrógrados. Pena que foi
só uma edição e não sobrou nenhum exemplar. Mas quem viveu, viu. Abrx
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