21 de setembro de 2012

Aquela Espiadinha - por Piero Ragazzi



Aquela espiadinha

Como diria Serginho Groismann, "existe vida inteligente na madrugada" na TV brasileira, porém o QI  dos canais a cabo é superior ao da TV aberta.
Durante uma madrugada qualquer, entre um gole de vinho e um trago no cigarro, acabei parando em um programa que gosto muito, "Caçadores de reliquías", do History Channel.  Para quem nunca viu, Mike Wolfe e seu sócio Frank Fritz  viajam por todo o território dos Estados Unidos em busca de relíquias esquecidas em sotãos, escondidas em galpões antigos e garagens abandonadas. Engana-se quem acha que eles estão atrás de joias, aquelas que as mulheres tanto adoram. Mas aposto que tem muito marmanjo barbado que choraria de felicidade (tanto ou mais que qualquer mulher diante de um anel de diamente) quando se deparasse com letreiros de bares da década de 20, bombas de gasolina de 1950, brinquedos de 1930, motos e bicicletas do início do século ou até mesas de poker de 1938, do primeiro cassino de Las Vegas, o "El Rancho".
Mas o que me chamou atenção no programa da madruga foi quando Mike e Frank acharam uns dos primeiros fliperamas feitos no iníco da década de 40, chamados na época de Sneaky Peek ou Knotty Peek.
Essas máquinas, produzidas pela Esco, empresa da cidade de Chicago, eram exclusivas para homens e funcionavam com uma moeda de cinco centavos de dólar. Após introduzir a moeda, o cara tinha que ser rápido para olhar por um buraco (a máquina era quase sempre em forma de tábuas de cerca, pra dar aquele ar voyeur) e apesar do que todos pensavam, não havia nada de pornográfico. As imagens, feitas com bonecos em um cenário, eram basicamente de mulheres de maiô jogando poker, na praia ou no campo ao lado de um marinheiro, cercados por galinhas e bois.
Mesmo sabendo que não veriam nudez, os homens não resistiam a uma espiadinha e gastavam ali seus centavos. Será a máquina de espiar a precursora do pay-per-view do "BBB"? Pode isso Bial?
Vídeo



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