A vida passa rápido. Quando se vê já se tem quinze, quando se viu já se tem trinta e é comum nessa passagem de tempo tão brusca, olharmos para trás e ficarmos um tanto insatisfeitos com o rumo que a vida tomou. Casa, carro, emprego e dinheiro são os principais sonhos, e também os principais fatores de insatisfação que nos intrigam com o passar do tempo, pois sempre esperamos e queremos mais. Mas será que estamos fazendo isto certo?
Ok, precisamos ter objetivos na vida, afinal são eles quem nos dão motivação para vencer as dificuldades, para trabalharmos num emprego em que muitas vezes nem gostamos, que nos fazem ver que a vida vale à pena e nos deixam felizes quando alcançados, mas o que muitas vezes não viemos nos dando conta é que não é somente este tipo de objetivos que devemos traçar em nossas vidas. E o interior, como é que fica?
Percebemos que estamos vivendo somente o hoje, nos esquecendo de quem/como seremos na velhice, quando não mais pudermos trabalhar com o corpo e nos restará apenas trabalhar a mente. Quando no fim das contas, o espirito e intelectual serão status mais importantes que o material!
Estamos tão exacerbados e fixados nestes ideais externos, que acabamos abandonando a nós mesmos. Perante isto, de uns anos pra cá tenho me feito algumas perguntas, como por exemplo: “-Quem quero ser no futuro? Que tipo de pessoa eu quero me tornar: sábia e agradável, que leu e estudou muito durante a vida, ou alguém comum, que só saberá falar de coisas comuns? Que modelo de pessoa quero ser para meus filhos e netos?”
Cobramos uma sociedade melhor e mais culta, com menos politicagem corrupta e menos banalidade, mas para isto acontecer, nós é quem temos que procurar sermos mais “cult’s”! O que não é fácil porque é mais cômodo compartilhar coisas banais à ler algo últil; sentar em frente à TV e deixar as (fúteis) informações chegarem sozinhas até nós ao invés de ter o “trabalho” de ler um livro; ouvir músicas monossílabas as quais não precisamos pensar para entender o que dizem à procurar músicas de qualidade, e por ai vai.
Então, se eu pudesse dar agora à quem leu até aqui, um bom conselho ou exemplo (longe de mim querer ser parâmetro, mas sei que isto que venho buscando com muito esforço é algo bastante importante e construtivo), eu diria o seguinte:
- Leia mais (livros, por favor e não revistas de fofoca);
- estude mais;
- ouça muita música (de qualidade);
- aprenda tocar algum instrumento musical (seja ele qual for);
- fale menos ao telefone e pela internet, ao invés disto, procure e marcar de ver os amigos com maior frequência;
- vá à shows, peças de teatro ou qualquer atividade que seja relacionada à cultura;
- não assista novelas,
- e o principal de todos: ao menos que seja para ver um filme, desligue a sua tv!
"Nao há como fazer uma revolução em larga escala até que haja uma revolução pessoal, a um nível individual. É preciso que aconteça do lado de dentro primeiro."
(Jim Morrison)
Um abraço!
Patrícia Grah.
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