28 de julho de 2011

Tropicalismo "É proibido proibir" - por Rafael Verch

TROPICALISMO
É proibido proibir 

Movimento musical surgido no Brasil no final da década de 60, teve como marco inicial o Festival de Música Popular realizado em 1967 que foi exibido pela TV Record. Este movimento atingiu também outras esferas culturais como artes plásticas, cinema e poesia. 
Como não tinha como objetivo principal fazer música de protesto contra a ditadura (que estava com força total na época). O Festival de Música Popular recebeu muitas críticas negativas, porém, os Tropicalistas acreditavam que as formas como eles se vestiam e se apresentavam, já era um tipo de protesto contra os militares da época. Também foram reprovados por músicos tradicionais da época pelo fato de utilizarem arranjos com guitarras elétricas, pois diziam que era influência norte americana e prejudicaria a música brasileira. 
Mesmo com toda a negatividade exercida sobre eles na época, os tropicalistas não pararam e inovaram em possibilitar uma sincronia entre rock, samba, baião, bossa nova, bolero entre outros. 
Bom, a conclusão deste movimento é que ele foi importantíssimo para a modernização da música brasileira. Foi um movimento único e revolucionário que foi muito criticado na época, mas influenciou muitos músicos brasileiros nos anos seguintes e influencia até hoje.

É proibido proibir, subtítulo do texto, é uma das músicas da fase tropicalista que não agradou o público no festival de 68, que vaiou Caetano. 
Veja o vídeo das vaias no link 1 e a musica inteira no link 2. A qualidade não é muito boa mas dá para ter uma idéia. 



Principais representantes: 
  - Caetano Veloso - Torquato Neto - Gal Costa - Gilberto Gil - Maria Bethânia - Jorge Bem - Os Mutantes - Tom Zé 

Principais discos:
- Tropicalia ou Panis ET Circencis – 1968 – Os Mutantes | - A Banda Tropicalista do Duprat – 1968 – Rogerio Duprat | - Louvacao – 1967 – Gilberto Gil | - Caetano Veloso – 1968 | 

Músicas mais conhecidas: 
- Panis Et Circencis (Caetano Veloso e Gilberto Gil) | - Atrás do trio elétrico (Caetano Veloso, 1969) | - Cade Teresa (Jorge Bem, 1969) | - Tropicália (Caetano Veloso, 1968) | - Aquele abraço (Gilberto Gil, 1969) | - Alegria, Alegria (Caetano Veloso, 1968)

por Rafael Verch.

11 comentários:

Grande fase da música brasileira.Gostaria de ter vivido nessa época, ou não como diria Gilberto Gil

Muito massa eim Rafa, e o mais legal é que eles não pararam por ai, até os dias de hoje eles interferem positivamente em nossa cultura, cantando, criticando e revolucionando nosso Brasil, bom saber desse festival, cultura Brasileira é sempre bem vinda. Vlw

Grande Rafa, sensacional o trabalho de vocês, muito bom mesmo, precisão, coerência e muita informação boa nas suas palavras, show demais!
Continuem assim só o que peço, é de louvar o trabalho que vocês estão fazendo aqui pela disseminação de cultura e informação perante as artes sejam quaisquers que sejam elas, engradecem e nos enriquecem! Parabéns Mesmo, nota 10 ainda mais com um playlist desse no fundo sensacional!

Bom trabalho rafa, texto envolvente e simples de compreender principalmente pra pessoas que não conhecem.

1ª Regra:
Não tem regras...
Uhuuuuuuul...

Tiago Farat - vulgo Ranho

Parabéns meu amor, pelo seu primeiro post no cabana, gostei muito do texto, simple e de fácil compreensão.
Tropicalismo...uhulllll

Para reconhecer a importância desse movimento cultural brasileiro do qual Caetano foi estandarte, não é preciso ser fã do ‘concretismo’, uma das raízes musico\culturais da Tropicália (pessoalmente fujo instintivamente de ‘ismos’ a não ser do Humanismo); entre outros motivos, porque considero existe um elo inconfesso mas muito evidente entre a Tropicália e a Paz e o Amor do Hippiesmo, porém talvez com uma posição mais realista que os idealistas da época (ou ‘revolucionários’ se quiserem, sei-lá!) não conseguiram compreender: pretenderam tudo ‘já’...coisas que até hoje estão para serem logradas, enquanto os ‘tropicalianos’ (?) tentavam começar por uma procura de equilíbrio entre forma e conteúdo que atingira também (e principalmente) o Ser Humano.
Proibido proibir mais do que título de uma música, exprime toda uma postura perante a vida: a liberdade como ferramenta do Homem para superar a si próprio em natural respeito aos limites de cada um.
Mas para falar sinceramente, hoje em dia... não consigo enteder e então nem gostar muito do Caetano; talvez continuo presa à ‘Lua de São Jorge’ ‘Leãozinho’, ‘Qualquer coisa’... (opinião de rockeira suficientemente eclética, não fanatizada).
Parabéns ao autor do espaço pela idéia e por um texto concreto porém completo (e ao blog que o alberga)....

Grande Messi Paraguayo... ehehehe...
Primeiramente quero parabenizar a atitude, toda a forma e expressão de cultura deve ser super incentivada.
Tropicalismo, o que podemos falar do tropicalismo, TUDO, NADA... PROIBIDO PROIBIR já diz do tropicalismo e dos ilustres participantes, incentivadores do movimento.
É isso ai, MANDA VER velhão...
Forte abraço!

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