12 de março de 2013

Nascemos ou nos tornamos humanos - por Patrícia Grah


*Imagem: Divulgação/Internet.

Foi esta a questão que, no trânsito, levantei outro dia analisando o comportamento de um “humano” à minha frente, o qual irei narrar resumidamente: 

Estávamos em uma rotatória. Em um carro, meu noivo e eu, a nossa frente um segundo carro e frente à este uma moto. Sentido contrário, um outro veículo surge muito rapidamente e corta a frente da moto, que estava na preferência de transitar. Por muito pouco não bate e sabe-se lá Deus que tragédia não teria acontecido se analisada a velocidade do tal carro. 

O motociclista, obviamente muito nervoso e assustado com o acontecido, resmungou alguma coisa e buzinou para aquele ser “humano” que quase acabou com seu dia, sua moto e talvez até... Enfim! Sendo assim, o motorista do carro que além de ter feito uma baita “cagada”, parou, desceu e partiu para cima do homem da moto que, por sorte foi mais ágil e conseguiu sair correndo pelo acostamento. Então aquele “humano” estressado embarcou e saiu queimando, cortando todos pelo acostamento atrás do homem da moto e até hoje fico com medo de imaginar o fim desta história... 

Agora volto à questão: Nascemos ou nos tornamos humanos? 

Muitas são as teorias e muitos os estudiosos que estudaram e defenderam – e defendem - seus pontos de vista perante este aspecto. Confesso que estudei, na época da faculdade, algumas delas, as quais não vem ao caso discutir aqui, mas mesmo concordando com algumas que contradizem a minha conclusão, só posso acreditar que “- Nos tornamos humanos!”. Porém, algumas pessoas, independente da cultura, nível social ou crença, parecem nunca conseguir chegar à este estágio da vida (se tornar um verdadeiro HUMANO), se comportando como animais selvagens que não vivem, apenas lutam pela sobrevivência, não se importando com o próximo e não trabalhando o seu interior para serem alguém melhor! 

Sei que, felizmente, a grande maioria das pessoas que irão ler este texto, são pessoas bastante cultas e sensatas, portanto, jamais agiriam como aquele homem (que nem sequer quis refletir sobre o fato de o errado ser ele próprio, nem pensar que o cidadão da moto deve ter uma família a qual poderia estar vindo do trabalho que a sustenta e que este, quem sabe se tratava de uma pessoa de bem). Mas infelizmente, algumas destas pessoas fariam o mesmo, pois sabemos que aquele acontecimento é somente um pequenino número no percentual de tragédias causadas por falta de tolerância em nosso dia a dia, por pessoas que agem no calor da hora, sem raciocinar, considerando apenas a emoção, e não a razão– infelizmente! 

Que nós todos, por mais que nos consideramos pessoas de bem, paremos de vez em quando, especialmente “no calor da hora” para refletir sobre quem somos, e quem queremos ser! Sendo assim sejamos mais HUMANOS, respeitando o próximo, respirando fundo quando algumas situações fugirem do controle e nos fizerem perder o norte, olhando por outro prisma e não apenas pelo nosso, tratando nosso semelhante como gostaríamos de ser tratados.

por Patrícia Grah.


2 comentários:

Postar um comentário