19 de setembro de 2012

Estado civil: Quebrando paradigmas! - por Patrícia Grah



Muitas pessoas dizem não saber serem felizes sozinhas, outras não trocam a vida de solteiras por nada nesse mundo e fogem de um compromisso igual o diabo da cruz. Tem gente que pira somente com a ideia de chegar aos vinte e cinco solteiro, porque por imposição e cobranças da família e dos amigos isto é algo inaceitável, ai acaba casando com o primeiro ou a primeira pessoa que aparece. Porque é melhor estar com alguém e ser infeliz do que “ficar pra titia”. É o fim da picada! 

Abrimos nossas redes sociais e é um tal de compartilhamentos de frases aonde solteiros se mostram extremos felizes, e casais (que bem no fundo se matam brigando), declaram amor eterno. Tudo para mostrar para aos outros que são um exemplo de pessoa, e que o seu “status de relacionamento” é a melhor opção. Bem no fundo, aquelas comemorações com a sexta feira em posts revelando aonde será a balada da night, muitas vezes – eu disse muitas vezes - são apenas camuflagem para os solteiros que fingem ser felizes atraírem para o mesmo local algumas pessoas que possam vir a ser seus pares. 

Tudo isso pra quê? Porque a inquisidora sociedade impõe que para sermos felizes precisamos de outrem, casar aos dezoito, fazer uma festa de arromba e começar a ter filhos aos vinte. Depois que você passa desta etapa, começam as perguntas sobre os netos e assim sucessivamente as cobranças nunca param. 

Hoje em dia com as redes sociais, todos estão por dentro do nosso estado civil, e se for pra ser solteiro, que seja apenas para continuar a frustrante busca pela “alma gêmea”, porque “é impossível ser feliz sozinho (a)!” 

Tá na hora de percebermos de uma vez, que fazer alguém feliz é algo involuntário – você fará feliz se também for feliz! Antes de tudo, tem que vir de você! 

Não importa se você chegar aos cinquenta sozinho, talvez tenha muito mais bagagem do que aqueles que se casaram aos dezoito! Ser solteiro/sozinho, não faz de você uma pessoa desprovida de beleza e nem “menor” do que aquelas que encontraram “alguém bacana” pra compartilhar as coisas boas e ruins da vida. 

O negócio é não fingir. Ser feliz consigo mesmo acima de tudo, ou cair fora se a coisa não for do jeito que você curte, afinal a vida é mesmo uma sucessão de casos/fatos/pessoas, que vem e vão, e é somente dentro de nós mesmos que encontraremos a resposta do que é melhor para nossas vidas, e não seguindo essas regras bobas que a sociedade impõe desde os primórdios, porque os tempos mudaram! 

Amar é lindo, é gostoso e quando encontramos alguém que nos completa não queremos jamais pensar na hipótese de ficar sozinhos. Então, se você se comprometeu com alguém, cuide, ame, se doe e principalmente compreenda que esta escolha – de ter um compromisso - tem que ser SUA, vir de você! 

Se você não tem, desfrute deste tempo para se auto descobrir e pense em quantas coisas boas você pode viver até encontrar “a pessoa bacana”. 

Libertamo-nos destes paradigmas, para assim nos encontrarmos!






3 comentários:

Já dizia o poeta...
"a felicidade é um estágio imaginário"

Bem nessa Silvio! Devemos nos amar acima de tudo, para conseguirmos fazer outra pessoa feliz! =)

Adorei...e completo com um texto do padre Fabio de Melo que gosto muito:

"Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades, você saberá o quanto é amado! "

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